Aulas obrigatórias para todos dão origem a manifesto entregue no ministério.
“Esta lei é uma lei errada”, explica Artur Mesquita Guimarães, que, ontem, acompanhado por cerca de 20 pessoas, fez uma marcha de protesto contra as novas regras da educação sexual nas escolas.
Os manifestantes põem em causa a hipótese de os conteúdos da cadeira estarem presentes em todas disciplinas e ser obrigatório assistir a essas aulas.
A solução, explica Eugénia Castanhinha, professora em Santo António de Cavaleiros, é “a educação sexual opcional, com um currículo público aprovado pelos pais” . A professora de Educação musical não sabe como vai incluir educação sexual nas suas aulas de música e, mais que isso, diz que não quer fazê-lo. “Como professora tenho a minha própria consciência e a lei tal como está é uma interferência na vida privada e na ideologia de cada um”, justifica Eugénia Castanhinha.
Diogo Guimarães, de 23 anos, explica que “em casa sempre tive a educação necessária”. Mas recorda os colegas que não tinham informação e, nesses casos, defende que “deve ser a escola a ensinar, mas com o consentimento dos encarregados de educação”.
Nesta manifestação estiveram presentes vários pais com os seus filhos, os quais partilhavam da opinião de Fernanda Mendes: “A educação sexual deve ser, em primeiro lugar, da responsabilidade das famílias e não do Estado.”
A marcha terminou no Ministério da Educação, onde foi entregue um manifesto de protesto.
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