No próximo dia 19/01/2010 vai ser lançado, na Biblioteca Municipal, Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão, o livro “Jovens com Saúde – Diálogo com uma Geração”, de Daniel Sampaio e Margarida Gaspar de Matos que são dos principais responsáveis pela definição do actual modelo compulsivo de educação sexual na escola.Devemos aguardar com expectativa esse momento, pois esperamos que finalmente se revele:
- quais os pressupostos teóricos que permitem pensar que o modelo vai resultar;
- onde foi o modelo submetido a “experiência”, ou pelo menos a uma “quasi-experiência”, com população de estudo e de controle estatisticamente equivalentes;
- quem foram as personalidades independentes e de reconhecido mérito que levaram a cabo essa experiência;
- qual a amostra estatisticamente representativa da população escolar portuguesa que foi estudada;
- consequentemente, onde foi verificado que os bons resultados previstos no modelo foram de maneira tecnicamente significativa constatados na prática;
- em que revista com referee e indexada no ISI (as únicas relevantes para a FCT) foram publicados os resultados dessa avaliação;
- qual o follow-up da experiência;
- em que países foi um modelo semelhante aplicado;
- em que países um modelo semelhante foi associado à diminuição da gravidez adolescente e das Infecções de Transmissão Sexual;
- qual o efeito previsível da distribuição de contraceptivos hormonais ao nível da saúde física (cancro, antes de mais) e mental das alunas, ao nível relacional e ao nível da feminização da pobreza (no sentido de G. Ackerloff o Nobel da Economia que estudou o efeito dos contraceptivos na sociedade).
Até termos respostas claras e objectivas a estas questões, não há razões para considerar que o modelo legal de educação sexual se funde num trabalho científico metódico e sério.Na falta dessas respostas, apenas haveria razões para pressentir que é um modelo exigido pelo “achismo” de pessoas cuja falta de qualificação em educação sexual era, aliás, já de todos conhecida.