Está patente ao público (neste caso destinada a crianças dos 9 aos 14 anos) no pavilhão do conhecimento, na Expo, uma exposição sobre educação sexual. A essa exposição têm acesso várias crianças −muitas das quais em visita organizada através da rede escolar pública. − sem que para tal seja feito qualquer controlo da idade ou requerida autorização dos pais.
Esta exposição sobre educação sexual é redutora porque restringe a sexualidade humana a um conjunto de impulsos, desejos e alterações hormonais, não fazendo, portanto, a necessária distinção entre sexualidade humana e animal.
É moralista, no mau sentido, porque transmite uma moral aberrante, permissiva e hedonista. Ora esta moral acéfala, propagada na exposição, separa a educação sexual da cultura, da religião e dos princípios e valores educacionais transmitidos de pais para filhos. Neste contexto, os pais e a família não contam para nada; o que importa é mostrar, incentivar, e estimular aquilo que para muitas crianças ainda não se coloca. Será conveniente destacar que nem todas as crianças alcançam a maturidade emocional (e sexual) ao mesmo tempo, sendo por isso deplorável que se informe, por exemplo, uma criança de 9 anos de que pode usar a pílula abortiva do dia seguinte, como acontece na referida exposição.
Nesta exposição o sexo reduz-se a uma questão de desejo e de vontade; reduz-se assim a sexualidade a um nível primário que dispensa o pensamento ou qualquer ordem, seja ela de que natureza for. Por essa razão, a exposição não educa porque não impõe limites, nem oferece qualquer tipo de diretrizes, deixando ao livre arbítrio da criança a tomada de decisão de iniciar a vida sexual, ainda que não esteja ainda preparada para isso.
Senão, veja-se, por exemplo, a seguinte frase retirada da exposição:
“Faz-se sexo pela primeira vez em idades diferentes, dependendo das pessoas. Independentemente da idade, é quando temos vontade e nos sentimos preparados, e cada um tem o seu ritmo!”.
Por tudo isto, a referida exposição sobre educação sexual é um abuso de confiança à vida íntima das crianças. Faremos ouvir o nosso protesto. Esteja atento às próximas iniciativas.