… Isto é “ a “ fim do Mundo

Quando era criança, na minha terra, ouvia, com frequência esta expressão que escolhi para tÍtulo deste artigo, quando algo fugia do normal e atropelava as regras da moral ( nesse tempo ainda havia esta noção! ) ou do normal funcionamento da natureza. Ouvi e retive esta frase – súmula dos simples mas não “ burros “. De facto, ela simboliza, em última análise , um ataque e ofensa à normalidade coerente com a moral e as regras de funcionamento da natureza.

A Biologia ensina-nos que o  Homo sapiens , o ser humano , é gonocórico ou seja, nesta espécie  animal,em  nós, os humanos , os gâmetas masculinos ou femininos são produzidos por indivíduos diferentes e , por isso, distinguem-se do ponto de vista  morfofisiológico, hormonal, cromossómico, etc. Há um ELE e uma ELA. Desde a concepção. Formam um par binário e complementar. É da sua natureza. Complementares. E não há outra alternativa a esta dualidade. Porém, a nossa sociedade está a ser atravessada por uma corrente ideológica que ganhou foros de invasora e predadora da própria  natureza humana. Persecutória de quem a não  defende, apesar de as verdadeiras Ciências, como a Biologia, o confirmarem. A espécie humana não tem o neutro: nem homem nem mulher. Não há nela cinzento. Ele e Ela só.

Para destruir esta dualidade natural, introduziram a diferença entre sexo e género, como nada tendo a ver um com o outro. Assim, apresentam-nos, agora, um cardápio tão rico de géneros em que será difícil cada um de nós não se inscrever, independentemente da nossa morfologia, património genético, manifestações secundárias da nossa sexualidade , etc

Tudo se resume e é administrado, agora, pela chamada “ autodeterminação “. Se alguém decide que é homem, sendo mulher, autodeterminou-se e deixou de ser mulher para ser homem. E a lei tem de contemplar esta “ autodeterminação “ soberana. Ai de quem diga o contrário!

Mas a situação complica-se, com a catalogação do género. Já vamos em … 56 diferentes. Deixa de haver homem e mulher para haver 56 tipos diferentes! Fui procurar saber pormenores que aqui deixo e que encontrei em busca na Google, na entrada “ Tipos de Género “:

  1. Agénero, quem não se identifica com nenhum género ;
  2. Andrógino, uma espécie de terceiro sexo. Nem só homem mas também não só mulher;
  3. Bigénero , alguém que se identifica simultaneamente como homem e mulher;
  4. Mulher cis ou Mulher cisgénero , que se apresenta como mulher que é;
  5. Homem cis ou homem cisgénero, que se apresenta como homem que é;
  6. Duplo espírito, os que apresentam características masculinas e femininas ( será o caso de mulheres barbudas e de homens de face glabra ? );
  7. Genderqueer, quem quer ficar fora de qualquer classificação , nem mulher nem homem ;
  8. Género fluido, quem varia consoante o seu humor de um para outro e vice-versa;
  9. Homem para mulher , nasceu “ aprisionado” num corpo masculino mas vive como uma mulher;
  10. Mulher para homem , nasceu “ aprisionado” num corpo feminino mas vive como homem;
  11. Género em dúvida , quem não descortina onde se “ encaixa”;
  12. .  … 56. .

Por isso, e por causa desta variabilidade, e por enquanto,é moda,  os discursos e conversas do «politicamente correcto» massacrarem-nos com  atropelos à língua portuguesa e ao bom senso deste tipo corrente de linguagem .  Um exemplo : Caros ( caras ) amigos (amigas ) : Estamos aqui reunidos ( reunidas ) para saber qual dos  eleitores, das eleitoras está disponível para ser o (a ) próximo (a ) presidente ( presidenta ) desta assembleia . Os ( as ) candidatos (as ) que se apresentem para vermos quem é o (a ) mais votado (a )…

Depois  vai mudar o nome de Cartão de Cidadão, por não dizer explicitamente cidadã!  No Registo civil, o (a ) progenitor A ou o B não pode declarar se o ser acabado de nascer é masculino ou feminino, pois , a partir dos 16 anos irá escolher onde se vai meter na lista que, como disse acima, já vai em 56 tipos diferentes ( por agora !), pois ,caso contrário, porá os progenitores A e B em tribunal pois forçou/ forçaram  a pobre criancinha a ter um género que ele não quer, apesar de, por exemplo , de ter a sua “ pilinha “ bem formada , no sítio, visível , de começar a ter barba e pelos diversos e a voz a mudar de afinação ! Na escola, os professores terão que ter muito cuidado com a língua! Sempre será melhor tratar os ( as ) alunos (alunas ) pelo número despersonalizante e despersonalizador. Que problemas irão ter os Padres católicos no Baptismo, nos Seminários…

E ainda por cima, ninguém traz letreiro a dizer como deve ser tratado(a)…Como «politesse oblige», proponho que passe a ser obrigatório um letreiro na testa para não se ofender ninguém., dizendo : “ SOU … Cuidado como se dirige a mim”

E não aborreço mais os meus leitores.

…” isto é a “ fim “ do mundo!

Carlos Aguiar Gomes, homem  cisgénero, uma  por.. . Homem e chega!

(O autor também não acata o chamado AO)