1. Nas últimas semanas temos sido confrontados com a triste noticia de que dois excelentes alunos de uma escola de Famalicão, por decisão do Ministério da Educação seriam retroativamente chumbados, por não terem frequentado a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.
2. Desde 1984, (na primeira alteração da Lei do Aborto) a Educação Sexual tem estado nas escolas, com diferentes nomes de disciplina e cargas horárias. Ora transversal a todas as disciplinas, ora dada numa só disciplina. E, de cada vez que há um novo Governo, a matéria “muda de cor”.
Na verdade, há um desejo político de controlar o Homem a partir da sua intimidade (sexualidade) que é muito aliciante ao Poder (a todos os quadrantes políticos – daí que não se revoguem as leis “fraturantes” quando os partidos do Centro/Direita estão no Poder).
3. A escola é por natureza o meio privilegiado para incutir nos cidadãos /alunos as Ideologias, nos regimes totalitários. Está estudado.
Antes de 1974 a escola oferecia a disciplina de OPAN (Organização Política e Administrativa da Nação) onde era feita a promoção do Estado Novo.
4. Hoje vivemos num Regime em que a sexualidade (Cidadania?) parece ser o móbil do Estado para “regular” a Sociedade.
A Escola ensina Cidadania, para pôr termo à violência doméstica. Mas a violência doméstica faz cada vez mais mortes.
A Escola ensina Cidadania para acabar com o abuso sexual de menores. Mas esta chaga não termina, e tem-se mostrado cada vez mais perversa em diferentes meios.
A Escola ensina Cidadania para pôr termo à gravidez na adolescência. Mas o número de abortos em adolescentes não diminuiu.
A Escola ensina Cidadania para promover a Igualdade de Género. Isto é, para fazer a apologia da mudança de sexo, e negar a diferença e complementaridade da mulher e do homem.
A Escola ensina Cidadania para pôr termo à violência no namoro. Mas este só cresce, usando a irresponsabilidade pessoal como lema de vida.
5. Muitos têm sido os Autores que, com toda a clareza, identificam a nível Internacional este fenómeno na Escola. E cuja conclusão é a de que se trata de uma Ideologia (de género) que pretende destroçar a Família, os corpos sociais intermédios como a Igreja e a Liberdade. Faz-se uma revolução cultural que torna o Homem cada vez mais dependente, sem liberdade e entregue à solidão.
É uma Ideologia que nega a Natureza das coisas (sou mulher ou homem conforme me declaro) muda a mentalidade da Sociedade por imposição da Lei, e faz desta um corpo inorgânico, com custos elevadíssimos para os bolsos de quem trabalha e paga impostos.
6. A Constituição que em 1976 declarava Portugal “em transição para o socialismo” foi revogada neste seu art.º 2.º visando hoje uma “democracia participativa” e baseada no respeito pelos Direitos Humanos reconhecendo o Direito dos pais a educar os seus filhos.
Alguns, esquecem que já não estamos em “transição para o socialismo”, e pretendem impôr esta Escola Estatista e Totalitária.
7. A Escola tem visto vários “movimentos de pais”, ao longo destes 36 anos de história, na luta contra a Ideologia de Género, que conseguem acabar com um dado “programa” mas que, logo depois vem outro, quiçá pior.
Como tem dito o Papa Francisco existem hoje verdadeiras “colonizações ideológicas”. “E uma delas digo-o claramente com nome e apelido, é o gender”.
8. Os Pais de Famalicão têm sido de uma resistência a todos os níveis louvável. Defendem os seus filhos e defendem os filhos de todos nós. Defendem a Democracia, a Liberdade e a Verdade.
Perante a cegueira e a violência do Poder que não tem limites ao impôr a falta à Verdade, estes Pais resistem com sangue, suor e lágrimas.
Eles sabem que na disciplina de Cidadania, escondida entre algumas ideias inócuas, veicula-se uma Ideologia (tal como o Fascismo ou o Comunismo) que destrói as nossas crianças e jovens.
O Amor à Verdade cantará mais alto que a Ideologia.
Há pais heróis!