Vivemos tempos conturbados. Invocam-se valores e confundem-se princípios no meio desta guerrilha.
Nesta luta pela liberdade de educação, só por pensar de maneira diferente, temos sido alvo de todo o tipo de insultos e difamações, e há afirmações sobre nós com duas soluções: rir ou bradar aos céus.
Começo a tirar algumas conclusões: o meu pai (sim o extremista conservador católico), que faz parte daquela Era intolerante (e que por ser católico rebenta com a escala), tem grandes amigos de esquerda e até comunistas, ateus, protestantes, pá, pessoas de todos os tipos e dão-se todos otimamente. Nos últimos tempos, derivado desta luta contra a obrigatoriedade da nova mocidade, é chamado de intolerante (talvez por fazer parte da Era, e por ser católico), retrógrado, e até facho (“a nova moda”) sendo que se dá, como disse, com pessoas de todo o tipo.
Já eu, não sei bem por que razão, e quase sem abrir a boca relativamente ao caso, vou perdendo amizades, manifestadas (essas perdas) através de várias formas. Será por terem visões políticas diferentes das minhas? Poderia ser caso para discussão de ideias, troca de argumentos, mas não… agora, o diferente é posto de lado e visto como mau (péssimo). Agora, escolhem-se os amigos consoante o lado que tomam. E estávamos na era do #tolerancia e #respeito . Ah! Exato… toleras o que eu tolero, estamos na mesma onda, pensas de forma diferente, podes bazar (*correção, agora diz-se “és facho!” = alvo a abater). Ó pá, medir amizades com esta política? Não acho que faça muito sentido, mas o critério é vosso, façam como quiserem (nem o intolerante extremista do meu pai faz isso).
Por mim vamos tomar um café e dar duas de treta.
*Para que conste, não vejo isto com preocupação relativamente às amizades, de modo algum, pelo contrário até dá um certo jeito (faz uma filtragem). A crítica é quanto à tolerância hipócrita de quem tão se diz tolerante.