O caso passou-se na passada terça-feira, dia 26/10/2020, com a nossa filha Maria Gabriela, que frequenta o 11º. ano no mesmo agrupamento de escolas (AECCB), em que também estudam os irmãos Tiago e Rafael.
Tiago e o Rafael são os nossos filhos sobre os quais já correu muita tinta pelo facto de não frequentarem a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, caso por certo do conhecimento de todos.
Então, aconteceu que há dias recebemos um e-mail da directora de turma, a avisar que este ano os diplomas do Quadro de Valor e Excelência iriam ser entregues em sala de aula pelo director do agrupamento. A Maria, tal como é habitual, entre outros colegas, estava na lista dos nomeados e, no decorrer da aula de matemática, daquele dia, o Director da escola foi à sala de aula e procedeu à entrega dos diplomas conforme o que havia sido anunciado.
A Maria, tal como outros colegas, recebeu o diploma. Aconteceu porém que, por sua livre e espontânea iniciativa, logo no fim da aula, foi ter com o Director e, no seu gabinete, por mão própria, devolveu o diploma que acabara de receber dizendo ao director que não aceitava recebê-lo em solidariedade para com os pais, no processo de reclamação de direitos que corre contra o ME e o AECCB relacionado com os irmãos e, particularmente, porque os dois irmãos, o Tiago e o Rafael, deveriam igualmente receber diplomas semelhantes pelos resultados escolares obtidos e só por grande injustiça os não receberam!
Que agradável surpresa a nossa quando à hora do almoço a Maria conta o que de manhã se tinha passado.
Sem histerismos, sem escândalo, em privado, a Maria mostra ao director da escola o que é a verdadeira CIDADANIA!
Obrigado Maria, a tua atitude edifica-nos.
Os teus pais,
Ana Paula e
Artur Mesquita Guimarães