A semana, ou talvez as últimas semanas, têm sido ricas de opiniões, o que em si é salutar, relacionadas com o caso da “escola dos nossos filhos”, mas algumas das notícias/opiniões impõem resposta.
“A questão de fundo é se aquelas crianças devem ser reféns da teimosia desmiolada dos pais”
A estas e outras afirmações de caracter grosseiro, reveladoras de falta de cidadania e de quem se apresenta desesperado, pouco respeitadoras dos princípios da liberdade (vá-se lá saber porquê!), respondemos clara e publicamente: com a superior autoridade natural de pais (que a Constituição e os Direitos Humanos, aliás reconhecem), garantiremos a defesa da nossa liberdade e a proteção dos nossos filhos até ao limite das nossas forças, pelo superior interesse do bem deles.
Aos nossos filhos dizemos: fiquem tranquilos, nós, os pais, por certo estaremos à altura de vos proteger.
Também se tem dito por aí: mas quem é este “fulano” que aparece agora armado em herói, ou qualquer coisa semelhante. Este fulano (nem mais nem menos) é uma pessoa, cidadão de igual dignidade e plenos direitos tal como Francisco Louçã, Fernanda Câncio, Pedro Filipe Soares, João Costa, João Paulo Pedrosa, Ana Mendes Godinho ou qualquer outro cidadão, que com o trabalho de cada dia procura contribuir para o bem comum e levar a vida para a frente.
Sobre 20 deputados socialistas, repito 20 deputados socialistas, não o PS, já que há militantes do PS subscritores do abaixo-assinado em nossa defesa… o “Observador” dá a seguinte notícia: “pedem esclarecimento sobre a atuação de CPCJ” (curioso!) e refere ainda: «O progenitor (entenda-se pai) exibiu os filhos nos órgãos de comunicação social e desadequadamente, apenas com o propósito de assinalar e afirmar a sua discordância com uma disciplina do currículo de ensino”, sustentam estes deputados do PS» (afirmação triste e lamentável!). Não, senhores deputados do PS, não é a primeira vez que os nossos filhos aparecem na comunicação social, quer na impressa como mesmo na TV e sempre por boas causas. Talvez seja porque são simpáticos, bons rapazes e também talvez seja isso que vos incomoda.
Pois bem este tipo de comentários, grosseiros e agressivos, em jeito intimidatório à semelhança do Despacho emitido pelo Senhor Secretário de Estado João Costa, seguramente não nos afastarão da defesa dos nossos direitos e da nossa liberdade.
É caso para perguntar: porque será que todos estes senhores estão tão surpreendidos por nós não renunciarmos aos direitos que a Constituição, as leis da República e ainda os Direitos Humanos nos reconhecem?
Enfim, comportamentos próprios de “meninos mimalhos” burgueses, no caso adultos, que não estão habituados a ser contrariados e pensam que fazem o que querem e levam a melhor só por fazerem perrice – aquilo que às vezes se vê nos supermercados.
Pela nossa parte também entendemos que quem de direito deve tomar as medidas adequadas, na defesa dos nossos direitos e liberdades (aqui quando referimos “nossos” deve entender-se os nossos e os de todos) e por isso apresentámos uma queixa no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga contra o Ministério da Educação e contra o Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, onde estudam os nossos filhos, que já produziu os seus efeitos.
Também apresentámos, junto do Sr. Presidente da República, as razões que nos levam a pedir que diligencie no sentido da destituição do Senhor Secretário de Estado Dr. João Costa.
Pela liberdade, pelos nossos direitos e pelo bem dos nossos filhos.
Brufe VNF, 11 Setembro 2020 Artur Mesquita Guimarães